Iluminação, Crime e Segurança

Não há evidências científicas claras de que o aumento da iluminação exterior detenha crimes. Podemos até sentir que estamos mais seguros, mas não está demonstrado que nos faz mais seguros.
Um estudo de 2015 publicado no Journal of Epidemiology and Community Health descobriu que as luzes da rua não evitam acidentes ou crimes, mas custam muito dinheiro.
Os investigadores analisaram dados sobre acidentes de viação e crimes em 62 'distritos' locais em Inglaterra e no País de Gales e descobriram que a iluminação não tinha efeito caso as entidades tivessem desligado completamente, se tivessem diminuído a luz, ou mesmo se as tivessem desligado em determinadas horas ou até se as tivessem substituído por lâmpadas LED de baixo consumo.
Conforme informação disponibilizada pela IDA ("International Dark Sky Association", sedeada nos EUA), de acordo com o mesmo estudo, “quando os riscos são cuidadosamente considerados, as autoridades locais podem reduzir com segurança a iluminação das ruas, economizando custos e energia; sem necessariamente impactar negativamente os acidentes rodoviários e o crime”.

Segundo um estudo de 2011 sobre iluminação e crime nas ruas de Londres, não há boas evidências de que o aumento da iluminação reduz o crime total.
A realidade é que má iluminação exterior pode diminuir a segurança, facilitando a visualização das vítimas e das propriedades.

Na verdade, a maioria dos crimes contra a propriedade ocorre à luz do dia. E alguns crimes como vandalismo e grafite prosperam na iluminação noturna.
Um céu escuro não significa necessariamente que temos o chão escuro. A iluminação inteligente que direciona a luz para onde é necessária cria um equilíbrio entre segurança e luz das estrelas.


A iluminação exterior destina-se a aumentar a segurança nocturna, mas iluminação excessiva pode ter o efeito oposto.
A visibilidade deve ser sempre o objectivo. O brilho das luzes fortes e desprotegidas diminui a segurança porque incide nos olhos e contrai as pupilas. Além de nos ofuscar, torna mais difícil a adaptação dos nossos olhos às condições de pouca luz.



"Observar o céu põe-nos em contacto com a Natureza, em busca do prazer da descoberta,
da exploração e da evasão."
Guilherme de Almeida


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